Conte-me mais: nhoque prático do amor

“Energia positiva e amor. São esses os temperos essenciais para uma boa refeição”, disse meu primo enquanto fazia uma massa super prática de um nhoque aqui em casa.

São 8 anos de diferença, e ante ontem, enquanto falávamos na nossa amada e saudosa avó, decidimos fazer esse prato ontem, antes dele ir visitar o pessoal de Ribeirão, assim, teríamos aqui um momento que nunca tivemos juntos, devido aos caminhos – sul e sudeste – seguidos.

A massa, não levava batata. E sim, maionese, leite e farinha. Não é que ficou igualzinho ao nhoque tradicional, só que feito muito mais rápido? Confesso que até o cheirinho fica melhor. Eu fiz um molho com base de passata italiana, ou seja, concentrado de tomate, cortesia linda do tio do meu primo.

Mas o que eu quero passar aqui não é uma receita de nhoque, e sim de valores. Não valores em dinheiro. Valores de alma, de verdade. Mesmo sendo 8 anos mais velha, tenho muito a aprender com um jovem garoto que decidiu trilhar o caminho da paz. Aproveitar esses momentos, em família, com amor, é como fazer uma bela refeição: é necessário que os temperos mencionados estejam presentes, amor, paz, concessão. Foi lindo. São memórias que marcam nossa história, e essas, que nos fazem nos sentir mais vivos, e justificar a tal existência.

Mesmo sido feito 2 dias depois do tal nhoque da fortuna, eu tenho certeza absoluta, que, esse nhoque, trouxe e trará muita “fortuna” para nós 3. Pois somos nós, que iremos perpetuar uma família, que foi se esvaindo com o passar do tempo, e somos nós, que muitos anos depois, fomos nos reencontrar na Zona Oeste de São Paulo, para simplesmente, eu, Anandha, perceber o que eu já havia percebido há algum tempo, que a fortuna mesmo, é estar junto com as pessoas amadas (e se possível, transformando refeições em eventos memoráveis).

Foi muito bom.

É nós no nhoque.

page 01