Dia do futebol e o sanduíche de pernil do Paraguai

Hoje é comemorado o Dia Nacional do Futebol. E não é porque eu não gosto de futebol que eu vou deixar escapar essa. Imagina. O santuário das comidas de rua mais legais: a porta dos estádios. Mas dispenso a ida ao estádio. Prefiro ficar só com as comidas, reproduzidas aqui mesmo, em casa. Futebol, estádio, disputas, não são minha praia.

Imagem

Certo dia eu tentei fazer um sanduíche de pernil. Mas aqui, como diria meu guru Paulo de Oliveira, apresentador do Larica Total aqui é cozinha de guerrilha, companheiro. Fiz um sanduíche de cupim mesmo, era o que tinha sobrado do almoço. É. Já aviso logo: não tem frescura por aqui. Eu posso usar mascarpone, mas ainda assim vou abrir a lata na faca, usar minhas panelas desengonçadas, até, aos poucos conseguir melhorar tudo isso. Por enquanto, ficamos assim mesmo, roots. Voltando ao sanduba, a criatividade na cozinha não tem limites, e quando a fome bate, a lei do improviso fala mais alto: fatie a carne do soborô, corte uma cebola em rodelas, jogue um fio de óleo, joga os dois, refrite, deixa dourar, faz uma graça e joga um alho picado. Depois pra dar aquele “xablau” (como diria meu guru), rega com um pouco de molho inglês. Deixa dar uma evaporada, e é gol. Pega aquele pão amanhecido dá uma umedecida de leve nele, e coloca no forno. A umidificada vai fazer ele virar uma fênix e renascer das cinzas. Fica crocantinho. Aprendi essa técnica com o cara que eu conheço que come pão nas 3 refeições diárias: meu avô. Pô, meu o vozIto compra pão todo o dia, 11h45. Já chega com vários. A noite, usa essa técnica. Salve, vozinho. Meu querido, não tem falha. Joga maionese de monte, catchup, mostarda, molho saucé, e seja feliz.

Na própria larica total, da madruga, ou aquela que dá enquanto a bola rola e você toma sua breja, esse tipo de improviso, acredite, é do baralho. Curtiu? Faz o seu, com aquela carne moída de ontem, o lombo do sabadão, ou mesmo, o pernil. Manda o resultado pra mim. Por que eu sou dessas, do time do prato cheio.